no game no life

         

Sinopse

Sora e Shiro são dois irmãos NETs (reclusos) especialistas em todo tipo de jogo conhecido. Entediados com o mundo real eles acabam sendo desafiados por um deus de um mundo paralelo. Após perder para os irmãos em um jogo de xadrez esse deus os convida para seu mundo, aonde a violência física foi banida e todo tipo de conflito tem que ser resolvido com jogos.

Revisão

No Game No Life tem um início de dar inveja a muito anime. Ele consegue te situar quanto a situação dos personagens principais – dois irmãos malucos, cheios de manias, traumas e com uma convivência bem peculiar – e apresentar um mundo novo e cheio de regras próprias em apenas 20 minutos. Até na famosa e problemática parte dos longos monólogos explicativos a obra consegue se virar bem, ao fazer uso de uma dinâmica ágil e constante exemplificação gráfica.

O fim do primeiro arco deixa bem clara a proposta da obra e o que esperar dela dali pra frente. Basicamente o objetivo é “dominar o mundo”. Uma proposta um tanto quanto bátida, mas que acaba funcionando muito bem aqui graças a execução rápida dos episódios, de modo a deixar quase imperceptível a passagem de tempo quando se está assistindo o anime. É assustador como o enredo consegue executar tantos eventos grandes em sequência e com todos “parecendo” grandiosos.

O anime faz jus ao material original usando e abusando de fanservice o tempo inteiro, o que pode incomodar a quem não gosta muito do gênero, mesmo a maioria do fanservice é auto-sátiro e bem contextualizado – muito graças a personalidade louca e pervertida do protagonista.

A adaptação consegue balancear um conjunto enorme de gêneros muito bem, indo constantemente da comédia a tensão e de volta a comédia. Até quem quer um pouco de drama é atendido depois da metade do anime – aonde a história desacelera um pouco para explicar mais sobre o antigo Rei do país e sobre o passado da personagem principal. Essa parte é bem feita de modo geral mas quem for mais atento vai notar um certo exagero na aposta do protagonista (haviam outros métodos menos dramáticos para se conseguir a mesma coisa). Destaque para a integração da ending nessa parte, é genial.